Uma ferramenta para reduzir o tempo no chão de fábrica, o Single Minute Exchange of Dies (SMED) significa, em português, a Troca Rápida de Ferramenta e tem como objetivo reduzir o tempo durante a preparação de máquinas ou de linhas de produção.
Alternar diferentes tipos de ferramentas em uma máquina pode gerar uma enorme perda de tempo resultando em maior custo. Para corrigir esse problema, a ferramenta SMED busca técnicas oriundas da metodologia Lean, para tornar essa operação mais enxuta.
Quer um exemplo prático? Sabe quando o piloto de Fórmula 1 para no pit stop e a equipe faz tudo tão rápido que o piloto logo está de volta à pista? O SMED é exatamente isso, realizar a troca das ferramentas de forma eficiente e com o menor tempo possível.
Quais são as vantagens em aplicar o SMED na fábrica?
Redução de prazo de entrega – com uma preparação mais rápida, a flexibilidade e produtividade da produção tende a aumentar.
Tendo uma troca de ferramenta rápida, com a utilização do SMED os lotes de produção podem ser menores, tendo assim, um estoque menor e em casos de necessidade de produzir o produto, podemos rapidamente produzir um novo lote para a nova demanda.
Almoxarifados menores – com estoques menores, temos também menores investimentos em armazenagem e movimentação de materiais.
Melhoria na Qualidade – através do SMED todo o processo de preparação é analisado e otimizado, buscando a redução do tempo do setup no nível de qualidade ideal especificado.
Maior produtividade – com tempo de preparação reduzido, temos um impacto na melhoria de produtividade, já que as máquinas e linhas de montagem param por um tempo menor durante as preparações, restando mais tempo para produção.
Como aplicar o SMED?
Para implementar o SMED são necessárias seis fases de estudo, análise e ensaios para se chegar ao ideal de aplicação. As seis fases se dividem em:
– conhecer a operação de setup atual (conjunto de todas as operações do processo produtivo);
– examinar a realização do setup atual;
– otimizar a operação de setup interno e externo;
– ensaiar e examinar uma nova operação de setup;
– padronizar a nova operação do setup;
– criar e estabelecer um sistema de desempenho.
Além do mais, não basta apenas conhecer as fases de aplicação, é necessário muito estudo sobre elas e uma certa análise sobre todo o setup, ou seja, seus processos de produção. Além do exemplo da Fórmula 1, podemos imaginar tantos outros que podem ser favorecidos com a aplicação SMED.
Imagine uma fábrica que produz mais de um produto. Essa fábrica possui um estoque pequeno, já que com o SMED pode produzir mais rápido um novo lote, não se faz necessário ter um volume tão grande produzido em seu estoque. Esse menor volume impacta tanto no custo do estoque quanto na qualidade do produto, uma vez que as peças ficam menos tempo armazenadas e sofrem menos problemas com oxidação ou vencimento de produtos perecíveis, por exemplo. Diminuindo consideravelmente seu custo de produção, de armazenagem e de desperdício.
Por se tratar de uma técnica de Lean Manufacturing, o SMED busca evitar desperdícios e incentiva a flexibilização nos processos de produção. Quer entender um pouco mais sobre a metodologia enxuta do Lean Manufacturing? Clique aqui e leia nosso conteúdo explicativo. (aqui vai ter um link para outro dos nossos textos de blog).
